MINEIRICES...
Para trem
de doer
de incomodar meu não querer...
Não para trem
de me fazer crescer
porque preciso.
Para trem de me dizer que
tem coisas horríveis pra ver,
tem cheiros estragados pra sentir
e gosto azedo pra digerir.
Não para trem de apitar
Que tem porta pra fechar e outras tantas pra abrir.
tem janelas pra saltar
e outras pra ver o porvir.
Que tem paredes pra pintar e muitas a construir...
Para trem de esfumaçar
Que tem gentes pra desconfiar
E poucas pra sentir...
Que tem amores a fantasiar
E poucos pra serzir.
Que tem "meninices" a preservar
enquanto outras, devem sumir...
Então para, não-para trem
de balançar meu querer-não-querer...
De trepidar meu viver, que é simples e previsível,
como as onze horas do jardim da infância na roça.
Para trem, deixa-me descer,
ser o que sou, sem medo de me perder
nas abastanças maldosas de mundo vil.
Para ! Deixa-me descer,
porque hoje só quero pegar meu sorvete de coco e lambuzar-me no seu derreter...
Piuiiiiii!!!!