Mary
Pobre Mary que sob os cílios descansam,
lágrimas negras de um cruel pesadelo.
Um vento ancestral chama o seu nome,
uma prece esquecida aos antigos deuses.
O tempo escapa entre seus gélidos dedos,
o quão terríveis são seus pensamentos?
Pobre Mary que sobre a sombra descansa,
de pálidos anjos de asas caídas.
Uma coroa de flores sobre sua cabeça,
pétalas murchas de um dia sem cor.
Em farrapos seu diáfano vestido,
das garras dos cães do vil inferno.
Pobre Mary para quem não há descanso,
sua figura se esvai com sua memória.