À Espreita


Amanhece
Ele tece, segreda
Ardil a presa celeste
Sua isca vil, vereda

Espalha-se,  enraíza-se
Milhas a milhas, noutro lugar
Alcança a caça em seu habitat
Ela apenas paralisa-se

Ilude o perseguidor
Chega-se à noite, @lide
Nega-lhe o calor
De um simples revide

Segue-se novo raiar
Tenta conseguir seu velo
Mesma tática a espairar
Nada replica, mesmo zelo

Desconhece sua busca
Torna em vão sua luta
Desconecta-se veladamente
Meros modos, d'mente

Pensa ser ele seu algoz
Não entende o real valor
Parte de um erro atroz
Imputa-lhe assim tal dor

Derrota
Finca em seu peito punhal
Tudo agora denota
Vítima prima do mal

Ela sorri, louca
Mérito somente, comeu
Mostra-se assim tosca
Conseguiu, tudo esqueceu.

Ele fênix, de volta, liará
Mais sábio, novos alforges
Outros modos, tal Borges
Ele, porém, não olvidará.





Vauxhall
Enviado por Vauxhall em 13/03/2012
Reeditado em 12/03/2013
Código do texto: T3551169
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