Eu ontem gritei o seu nome
Porque eu me senti sozinho,
Como nunca antes me vi,
Como nunca havia me visto tão só,
Tão só como nunca antes me senti.
E para além dessa solidão
Toda a dor do deserto
E os ermos do silêncio
E foi ali que me senti mais só
E gritei o seu nome...
Mas você não me ouviu...
Eu podia tecer meu desespero
Com as linhas mais finas do sofrimento,
Com todas as palavras mais tocantes
E com esses meus gritos emocionantes.
E podia construir nessa dor lancinante,
A maior dor que há no mundo e, mais que isto,
A mais duradoura...
Podia falar todo dia o dia todo
Da agonia de acordar vivo e ainda só.
Mas, em vez disso, eu gritei o seu nome,
Daqui da inutilidade desse silêncio,
Daqui do absurdo dessa escuridão
Do inferno em que fui cair
Eu gritei o seu nome...
Mas você não me ouviu...
Eu podia tirar forças de onde não tenho
E acalentar pobres ilusões que nem existem.
Eu podia fantasiar todo um mundo
E neste mundo uma vida,
Nesta vida, enfim, um amor...
Mas a realidade todo dia me dá na cara,
Eu acordo triste de nenhum sonho,
Eu acordo vazio e transido de medo,
Acordo varrido pelas promessas da morte
E, quando vi que não vi, gritei o seu nome...
Mas você não me ouviu...
E ontem eu me vi triste
Como nunca imaginei que seria,
Como nunca pensei que pudesse ser.
E dei de entender tanto de tristeza,
A tristeza que tortura devagar antes de nos matar,
Tristeza que é cruel e sanguinária, tão ordinária.
E para quem dizer dessa tristeza?
Pela última vez eu gritei o seu nome
E foi mais triste porque me vi mais sozinho.
Da distância da morte eu gritei o seu nome...
Mas você vive e não me ouviu...
Porque eu me senti sozinho,
Como nunca antes me vi,
Como nunca havia me visto tão só,
Tão só como nunca antes me senti.
E para além dessa solidão
Toda a dor do deserto
E os ermos do silêncio
E foi ali que me senti mais só
E gritei o seu nome...
Mas você não me ouviu...
Eu podia tecer meu desespero
Com as linhas mais finas do sofrimento,
Com todas as palavras mais tocantes
E com esses meus gritos emocionantes.
E podia construir nessa dor lancinante,
A maior dor que há no mundo e, mais que isto,
A mais duradoura...
Podia falar todo dia o dia todo
Da agonia de acordar vivo e ainda só.
Mas, em vez disso, eu gritei o seu nome,
Daqui da inutilidade desse silêncio,
Daqui do absurdo dessa escuridão
Do inferno em que fui cair
Eu gritei o seu nome...
Mas você não me ouviu...
Eu podia tirar forças de onde não tenho
E acalentar pobres ilusões que nem existem.
Eu podia fantasiar todo um mundo
E neste mundo uma vida,
Nesta vida, enfim, um amor...
Mas a realidade todo dia me dá na cara,
Eu acordo triste de nenhum sonho,
Eu acordo vazio e transido de medo,
Acordo varrido pelas promessas da morte
E, quando vi que não vi, gritei o seu nome...
Mas você não me ouviu...
E ontem eu me vi triste
Como nunca imaginei que seria,
Como nunca pensei que pudesse ser.
E dei de entender tanto de tristeza,
A tristeza que tortura devagar antes de nos matar,
Tristeza que é cruel e sanguinária, tão ordinária.
E para quem dizer dessa tristeza?
Pela última vez eu gritei o seu nome
E foi mais triste porque me vi mais sozinho.
Da distância da morte eu gritei o seu nome...
Mas você vive e não me ouviu...