REFÉM
As tarefas inacabadas,
Os soluços contidos,
As seqüelas tão marcadas
Impregnam meus sentidos.
Palpável parece à dor
Que transpassa minh’alma
Sem encontrar aconchego.
Nem acalanto me acalma.
Quando o tempo, sem piedade,
Passa por mim, desvairado,
Deixando um rastro
Procuro na saudade
Um guia seguro,
Condutor dos sentimentos,
Tão meus, tão intensos,
Suplicantes de liberdade.
Um apressado soluço
No meu íntimo se contém.
É mais uma dor sufocada
Que me torna refém.