REFÉM

As tarefas inacabadas,

Os soluços contidos,

As seqüelas tão marcadas

Impregnam meus sentidos.

Palpável parece à dor

Que transpassa minh’alma

Sem encontrar aconchego.

Nem acalanto me acalma.

Quando o tempo, sem piedade,

Passa por mim, desvairado,

Deixando um rastro

Procuro na saudade

Um guia seguro,

Condutor dos sentimentos,

Tão meus, tão intensos,

Suplicantes de liberdade.

Um apressado soluço

No meu íntimo se contém.

É mais uma dor sufocada

Que me torna refém.

ANACLARA RIBEIRO
Enviado por ANACLARA RIBEIRO em 20/01/2007
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