Rabiscos de Sangue
Debruçado sobre a escrivaninha o bardo pranteia
Pingos no papel, rabiscos de sangue escreve.
Eloquentes palavras lhe vem hoje decair
Amargura como bruma na manhã escura cai
No vazio do tálamo o coração vagou a noite
Lembranças no infinito volveram até a morte
Numa chuva que não cessou suas lágrimas
Mas aconchegou o impávido adormecer
O alvorecer ainda não veio para os olhos exauridos
Derradeiros pingos da alma tornam rubro o alfarrábio
Os últimos escritos que contam o fim de uma história.