Soneto Piegas

Aceito os termos ante as revisões

parece piegas mas desejo amar-te

e estar contigo em todas estações

te elevar além do estandarte

Se frágil é o último pesar

Pesados são os sonhos solitários

Afáveis, "Helenizam" nosso lar

Algozes de um amor autoritário

Não caias em murmúrios insolúveis

o teu calvário desvanecerá

Prometo eu mesmo dissipar as nuvens

se em troca o teu afeto me ofertar

Teu peito albergue da melancolia

A carne aberta aos filhos da imundície

Imersa n'uma existência baldia

trarei-te de volta a superfície

Acresce na essência dessa dama

o sangue negro, a culpa e o desamparo

Martírios que nen mesmo o tempo abranda

Nocivos como dízimos não pagos

David Ribeiro
Enviado por David Ribeiro em 01/03/2012
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