Soneto Piegas
Aceito os termos ante as revisões
parece piegas mas desejo amar-te
e estar contigo em todas estações
te elevar além do estandarte
Se frágil é o último pesar
Pesados são os sonhos solitários
Afáveis, "Helenizam" nosso lar
Algozes de um amor autoritário
Não caias em murmúrios insolúveis
o teu calvário desvanecerá
Prometo eu mesmo dissipar as nuvens
se em troca o teu afeto me ofertar
Teu peito albergue da melancolia
A carne aberta aos filhos da imundície
Imersa n'uma existência baldia
trarei-te de volta a superfície
Acresce na essência dessa dama
o sangue negro, a culpa e o desamparo
Martírios que nen mesmo o tempo abranda
Nocivos como dízimos não pagos