NADA ALÉM DA DOR
No longe da ventania,
Longe de qualquer nuvem,
Das quebradas sertanejas,
O voo que não adeja,
O olhar que não vê nada além,
Da absurda tristeza,
A lágrima verdadeira,
A árida fotografia,
A chuva que não chove,
O clamor que não resolve,
Não alivia a peleja,
Não refaz o elo,
Entre a terra e o homem,
O homem que não resistiu,
Sumiu em meio a poeira,
Disse que voltaria,
Mas, ela sabia que não,
Sabia que houve um corte,
Profundo na relação.
O rouco violoncelo,
Que a fome toca por dentro,
A mulher ali, recolhida,
Entregue ao desolamento,
Ao insuportável calor,
Nada espera da poesia,
Nada espera do amor,
Nada espera da vida,
A não ser que se cumpra a morte.
- - - - - - - - -
ESPERANÇA PERDIDA
Triste sorte, triste sorte,
viver sem nada esperar,
só tendo a tristeza absurda,
que vem derrapando nas curvas,
ansiosa por chegar.
Sem alívio para a dor
não mais aguarda o amor
que partiu sem dar aviso,
sem dizer pra onde ia...
não deixou nem um sorriso,
só saudade e nostalgia.
Faz perguntas sem respostas,
não se arrisca a uma aposta,
nem conta com a Primavera
porque o inverno chegou
e a flor que havia, secou.
Faminta, de afeto sedenta,
perscruta a estrada atenta
na esperança da chegada.
Mas em vão, é ilusão...
pra ela só dor e mais nada.
(HLuna)
No longe da ventania,
Longe de qualquer nuvem,
Das quebradas sertanejas,
O voo que não adeja,
O olhar que não vê nada além,
Da absurda tristeza,
A lágrima verdadeira,
A árida fotografia,
A chuva que não chove,
O clamor que não resolve,
Não alivia a peleja,
Não refaz o elo,
Entre a terra e o homem,
O homem que não resistiu,
Sumiu em meio a poeira,
Disse que voltaria,
Mas, ela sabia que não,
Sabia que houve um corte,
Profundo na relação.
O rouco violoncelo,
Que a fome toca por dentro,
A mulher ali, recolhida,
Entregue ao desolamento,
Ao insuportável calor,
Nada espera da poesia,
Nada espera do amor,
Nada espera da vida,
A não ser que se cumpra a morte.
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ESPERANÇA PERDIDA
Triste sorte, triste sorte,
viver sem nada esperar,
só tendo a tristeza absurda,
que vem derrapando nas curvas,
ansiosa por chegar.
Sem alívio para a dor
não mais aguarda o amor
que partiu sem dar aviso,
sem dizer pra onde ia...
não deixou nem um sorriso,
só saudade e nostalgia.
Faz perguntas sem respostas,
não se arrisca a uma aposta,
nem conta com a Primavera
porque o inverno chegou
e a flor que havia, secou.
Faminta, de afeto sedenta,
perscruta a estrada atenta
na esperança da chegada.
Mas em vão, é ilusão...
pra ela só dor e mais nada.
(HLuna)