Amor Restrito
Trapos de sonhos espalhados
Empalham a pobre esperança
Exausta de medo e trapaças
Escura existência que passa
Passados mil passos inseguros
Entre escuras vias esburacadas
Remetem os planos para o nada
Estilhaçam a ilusão na calçadas
Adormecem as foscas estrelas
Descortinam cinzas doloridas
Poeiras do passado, mil feridas
Espinhosa estrada chamada vida
Lida incerta rumo ao infinito
Ecos distantes de tantos gritos
Buscam abraços descontraídos
Neste existir de amor restrito.
(Ana Stoppa)