Em uma tarde fria e escura eu escrevi versos tristes.
Fim de tarde em um feriado.
Todos pulando e dançando.
Uns em casa, outros no trabalho.
Uns namorando ou se casando eu só em casa,
a dedilhar um poema que não passa.
Que se instalou dentro de mim e que insiste em não me largar.
Ele vem dizer que sou fraca,
que amigos não tenho,
e que amor nenhum há para me tirar da solidão
de uma tarde fria e escura.
A minha tragetória desde o amanhecer até agora, só confundiu-me. Pensar que amanheci com uma paz interior e que passei um manhã mais que maravilhosa...
Ao trabalho tudo muito bem,
até que o fim da tarde surgiu, gélido e escuro.
Tanto fora como dentro de mim.
Algo repentinamente mudou tudo.
Toda paz instalada dentro de mim por toda manhã, se desfez.
Trazer um amigo na volta e deixá-lo feliz
por evitar a espera do onibus.
Chegar em casa e encontrar tudo como deixei foi demais!
Saber que o celular não toca e que nem mesmo uma resposta
há tantas mensagens que enviei mendigando uma atenção...
Percebi que todos tem alguém com quem se preocupar, com quem se importar e eu não.
Sozinha, sempre só.
Como se esta condição fosse parte de mim.
Como se a palavra solidão já estivesse gravada em letras de fogo no meu coração desde quando os osso em mim se formavam.
Não sei como nem por que...
Em meio a uma tarde fria e escura eu escrevi versos tristes e assim nasce mais um poema desconexo.