Em uma tarde fria e escura eu escrevi versos tristes.

Fim de tarde em um feriado.

Todos pulando e dançando.

Uns em casa, outros no trabalho.

Uns namorando ou se casando eu só em casa,

a dedilhar um poema que não passa.

Que se instalou dentro de mim e que insiste em não me largar.

Ele vem dizer que sou fraca,

que amigos não tenho,

e que amor nenhum há para me tirar da solidão

de uma tarde fria e escura.

A minha tragetória desde o amanhecer até agora, só confundiu-me. Pensar que amanheci com uma paz interior e que passei um manhã mais que maravilhosa...

Ao trabalho tudo muito bem,

até que o fim da tarde surgiu, gélido e escuro.

Tanto fora como dentro de mim.

Algo repentinamente mudou tudo.

Toda paz instalada dentro de mim por toda manhã, se desfez.

Trazer um amigo na volta e deixá-lo feliz

por evitar a espera do onibus.

Chegar em casa e encontrar tudo como deixei foi demais!

Saber que o celular não toca e que nem mesmo uma resposta

há tantas mensagens que enviei mendigando uma atenção...

Percebi que todos tem alguém com quem se preocupar, com quem se importar e eu não.

Sozinha, sempre só.

Como se esta condição fosse parte de mim.

Como se a palavra solidão já estivesse gravada em letras de fogo no meu coração desde quando os osso em mim se formavam.

Não sei como nem por que...

Em meio a uma tarde fria e escura eu escrevi versos tristes e assim nasce mais um poema desconexo.

leidianebrandao
Enviado por leidianebrandao em 21/02/2012
Código do texto: T3512012
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