Acordei estranha, com a mente esvaziada
Diria que nela, não existe mesmo quase nada
Sorte de mim, sorte do meu ser cego, tão cego
Toquei o meu coração estava frio como uma pedra
Despido de carcaças, de tantas sensações
Olhei pelas janelas do passado, não vi nada
Já nada me toca, entristece e me consola
Cadê dos sentimentos que existam, aqui?
Roubaram-me, esquartejaram cruelmente
Onde está aquele amor que eu sentia em mim
Aquela alegria que acordava a Primavera
Aquela nostalgia quente que trazia o Outono
Aquela paz imensa que perdia de vista no Inverno
Aquele calor que tu, despertavas como o Verão
Não sei! Juro que não sei, vou colocar anúncios
Na TV, nos jornais, no Facebook e até nas ruas
Que vai ser do meu ego, da minha feroz vaidade
Não gosto, de ver o que está para chegar ai, não!
Encerrem meus olhos, esvaziem as palavras de mim
Não! Deixem-me dormir para nunca mais acordar
Aqui neste mundinho tão fútil, cheio de defeitos
Aprofundado nos vícios mais macabros do homem
Soltem as minhas amarras aqui para outras paragens
Onde o amor é viável, possível e se sente no coração...
 

Betimartins
Enviado por Betimartins em 20/02/2012
Código do texto: T3510055
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