COLISÃO AO DESTINO
Por que inverti o meu destino
Quando já me tinha livrado
Dos olhares egoístas sob o prado
Que fizeram que eu pestenejasse sem tino
Foi em inesperados milésimos de segundos
a minha alma e veio sorridente a desgraça
a qual me seduziu como vampira sem graça
e conspirou meus estreantes pés aos fundos
A rotunda ao Kalunga que sempre contornei
tornou-se num abismo iminente
para onde a eternidade me levaria inconsciente
mas os anjos intervieram e da morte retornei
Coraçao ainda palpitante à colisão
E rio de gentes que cantavam esperança
Me acudiram do naufrágio, pois a herança
Divina era viver e não perecer lá em vão
Benguela, 16/02/2012