*SILENCIOSAMENTE*

*SILENCIOSAMENTE*

Sofrendo silenciosamente,

Ergo o meu sorriso fingido

Porque ainda é proibido

Obedecer à nossa própria mente...

Aguento a dor, calada,

Esperando um dia o fim

De tudo isto que arde em mim,

como se estivesse aceso, mesmo estando apagado.

Consome-me este anseio de fugir daqui,

Esta vontade de esvair-me de ti

E de deixar-te ir, como uma pena solta na ventania

e sem a esperança de, algum dia,

a minha alma tocar na tua, de novo.

Ah... Como era bom que o sonho fosse eterno…

Que eu permanecesse sempre dentro do teu coração, como imortal.

Que nunca me deixasses cair nesta escuridão,

Que, para mim, é muito mais que fatal…

Corre dentro de mim um viscoso rio de amargura

Que coexiste com o meu amor em fervura,

E mantém-me num constante impasse de optar

Entre amar sofrendo ou deixar de sofrer, morrendo…

A cada dia, vai-se mais um pouco de mim

E eu, na resignação do meu desaparecimento,

Já não tenho força para lutar

E sinto-me partida por dentro…

Por que teimas em ser assim?

Arde-me o peito e dói-me a alma

Sempre que fecho os olhos sinto-te aqui…

Sempre que recordo as vezes que contigo sorri…

Respiro fundo, tentando manter a calma…

Não consigo… porque tu ainda vives dentro de mim…

e eu estou ainda em ti, sem bilhete de retorno…

PAULA.

PEROLA XAVIER
Enviado por PEROLA XAVIER em 18/02/2012
Reeditado em 21/03/2012
Código do texto: T3505932
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