DÈJÁ-VU
Não compactuo com nada que seja residual em mim
Solida é a magnanimidade dos sentimentos férteis
E esses não dão espaço para a letargia do superficial
Posto ter em si a cornucópia de frutíferas emoções
Não se coaduna a terrenos inférteis e insalubres
Onde as sementes da paixão morrem de inanição
Mesmo que tenha o cerne das inabilidades furtivas
Não bebo da fonte de certos intelectos incautos
Nem discuto o sintagma de elucubrações risíveis
Onde vislumbro a tênue sensação de Dèjá-Vu
Na concupiscência de nossos etéreos corpos
Mas não no Joco-Sério romance de ilusões
E sim no melífluo sabor incandescente do êxtase
Expresso no transbordo desse interior coruscante
Como a pintar algo além do que seja surrealista
Nesse onírico mundo de signos indecifráveis
Onde as congruências delineiam o cenário
Formado por mágicas paisagens impalpáveis
Onde deslumbro todo esse universo interior
E as visões de reluzentes momentos vindouros
Que transbordam pelo meu prismático e tórpido olhar
www.recantodasletras.com.br/autores/leilson