Novo Rio
Novo Rio,
Noites a fio:
De canções e de navalhas,
De emoções e de canalhas.
Vedetes dançantes,
Mulheres e amantes.
De violões e de justiça,
De ladrões e de cobiça.
Novo Rio,
Tempo de estio:
De garoas e trovões,
De a toas e canhões.
Verdade carente,
Incertezas na mente.
De poetas e poemas,
De ascetas e novenas.
Novo Rio,
Dia sombrio:
De neuroses e catarses,
De atrozes e cartazes.
Vista cansada,
Cabeça abalada,
De terror e compaixão,
De fervor e emoção.
Novo Rio,
“Mortos com fio”
Cidade camarada, vistosa,
Hoje um mar de maravilhosa lama!