Demência

No silêncio, o grito!

Da voz que silencia cada vez mais

Das palavras quase inaudíveis

Da confusão mental

Como doença da idade terceira

Não escolhe classes,

Seja rico ou pobre

Mendigo ou nobre

Quando o cérebro se cobre

O manto da lucidez encobre

E num mundo próprio

As vozes desaparecem,

Fica a dependência

A carência, total inexistência

Numa vida bruta

De um envelhecer em sombras

É algo que assombra!

Nenhum ser merece as mazelas

de um estado demencial!