Tempo efêmero do esplendor da natureza...
Ouvindo: «Momento» - Pedro Abrunhosa
TEMPO CRUEL
O tempo passa
Corre, voa,
Para mim é cruel
Sopra minha vida
Como se fora
Simples folha de papel
E nunca se satisfaz,
Acelera nas horas boas
E torna-se lento
Nas horas más!
Zomba de mim o tempo todo,
Trai-me, prende-me
Nas suas armadilhas.
Confunde-me nos seus
Labirintos,
Adia o beijo
Que tanto desejo,
Desgasta-me
Sem se desgastar!
Ah, tempo implacável,
Que nunca para
De caminhar!
Tempo indomável
Por ele me sinto arrastar!
É cruel,
Me dá a beber seu fel
Quando eu preciso de mel...
Para o belíssimo poema «AH! ESSE TEMPO» da brilhante HLuna
RJ, 05/02/2012
Ana Flor do Lácio
Somente nos bons instantes
Faz-se a tempo palatável;
Contudo, em dias maçantes,
Torna-se o tempo intragável.
(Gomes da Silveira)
REGULADOR DESTE MEDÍOCRE EXISTIR.
O tempo é carrasco e ancião,
Visto então que nos é inexorável,
Satisfaz também as nossas emoções,
Outro sim pode ser mais intragável,
Traz a brisa que alivia o vil calor,
Leva a lagrima do desconsolo aludido,
Conduz as duvidas primaz e eloqüentes,
Ao inocente de certa forma tanto faz,
Regulador deste medíocre existir,
Contabiliza os acertos e derrotas,
Muitas vezes procura nos exaurir,
Para depois nos conceder tudo de volta,
Não fosse o tempo como seria a vida aqui,
Fica a pergunta sem urgência pou resposta.
(Miguel Jacó)