ll. CasTa DiVa .ll
Tu que pranteias diamantes
Casta Diva distante
Tão prateada em riquezas
Ouve as tristes asperezas
Que ouso aqui declamar
Casta Diva exuberante
De teu posto pomposo
(Algodoal...)
Ouve meu quase imoral
Lamento de solidão...
Toca o coração
Dorido e TanTo glacial
(Este lamaçal-decepção)
Que suporto no peito...
Pois, já não tem jeito
Tal aterradora aflição...
Argêntea, rica, casta
Sê mi'a madrasta santificada
Mi'a razão tão procurada
Pela justificação de viver...
Vem! Lava-me a pele
Com a prata dos teus braços
Abraça-me, mãe noturna!
Tira de mim a soturna alma
Que insiste afogar-me em sal...
Livra-me, Diva Noturna
Do infortúnio abissal
No qual me deito cansada...
Livra-me, Diva Amada
Da dor de subviver...