Nada
No vazio do meu peito
Ecoa um grito sepulcral
Do meu coração em seu leito
Ansiando o juízo final
E em minha alma reside
Um mal que não posso deter
A dor que não se decide
Se prefere matar ou morrer
Minha mente é um rio de nada
E nele nada o que nada mais há:
Uma vã paixão complicada,
Quão morta tão viva está
E preso nesse desespero
Sobra-me aquilo que sou:
Um vazio e impreenchível pesadelo
Que do sonho da vida acordou