Balada da noite sem amanhã
Coração vazio, alma chorando,
o sol sem calor, a lua sem luz,
noite sem amanha, estrada sem fim,
caminho escuro que ao nada conduz,
vida vazia que cai sobre mim.
Um lugar irreal, não há nada,
só construções em ruínas,
só lamentações e lágrimas.
Não existe mais nada, não existo eu,
não existe o meu verso de amor,
não existe meu poema,
não existem os seus olhos.
Só um coração vazio,
e no peito o eterno frio,
do sol sem calor,
e da lua sem luz.
A noite é sem amanha,
não existem mais estrelas,
nem existo eu para vê-las.
Num momento soturno enfim,
No fim da estrada sem fim,
no caminho que à morte conduz,
não existe nada, não há luz,
e a vida vazia sai e sai de mim.
Não existe mais nada, não há luz,
e numa extremidade do tempo,
toda a vida vazia sai e sai de mim.
Cheguei ao fim da estrada!
Editada em 06/02/2012