O CHORO

Eu sou o que não posso ver:

o inalcansável, infinito, ilimitado.

Sou o que não posso crer:

Sou alma pura, mas de pés cansados!

A fé crescente no meu Criador;

Criatura doce de amarga vida.

Sou protesto intenso a qualquer dor;

Entre belas rosas, sou margarida!

De rasas raízes, mas de adubo bom,

semeando sonhos me ponho a dormir,

dando adeus a dor em suave tom...

O que sou agora te faz refletir,

mas te dar certeza não é o meu dom.

Já te fiz chorar, mas a dor maior eu chorei por ti!

Maria Sza
Enviado por Maria Sza em 04/02/2012
Reeditado em 21/02/2012
Código do texto: T3480499
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