SINFONIA DE DORES PUNGENTES

Ecoa a dor das horas mortas,

Solando acordes merencórios,

Frementes, vis e pavorosos,

Num jeito insano qu'incomoda...

Eu choro, choro, no tormento

Da dor extrema que asfixia;

Minh'alma trágica, sombria...

Que sempre canta seus lamentos!

Ai, dor! Que dor o peito sente!

Soluça e geme a pobre alma

Co'a dor que mina sua calma

E sola versos inclementes!

Ó, Alma triste e deformada!

Por que sofrer tanta agonia?

A noite traz melancolia

À alma tão inconformada!...

Exímia dor! Ó, dor sinérea!

Plangente dor, harmoniosa!

Pungente dor, audaciosa!

Tu és sonora e etérea!

angelk
Enviado por angelk em 01/02/2012
Reeditado em 15/07/2015
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