O Lado Poético da Lua

Enquanto bebo da taça,

Deixou-me levar pelo voejo das cortinas

Num bailar quase infinito,

Uma viagem ao lado poético da lua!

Por entre as flores do jardim

Surge a canção enraizada pelo tempo,

Conduzida através dos ventos do norte,

Movendo meus moinhos... Ascendentes...

Meus reversos em pauta de sol!

No navegar das palavras,

Alço-me ao mistério dos significados

Me doando de corpo e alma, colhendo

De cada letra um sentir, um mergulho

No que ficou pelos tecidos sob os lençóis!

Pelo urgir da noite,

Entrego-me ao pranto que chega

Silencioso como a madrugada serena,

Caminhando para o amanhecer

Da poesia do amor ou da solidão!

27/12/2012

Porto Alegre - RS