- paraíso surreal;
No reflexo das memórias esquecidas
tudo aquilo que já fui
Um olhar gélido
e a dor da dúvida
O que transparece em meu olhar?
O coração esvaiu-se em dores
O mundo esvaiu-se em vícios
E tais paredes que me cercam,
devo segurá-las
antes que contem minhas cicatrizes
E eu tenho tanto medo dos cortes profundos
a dor alucinante, contada no relógio da razão
O espelho como portal de sofrimento
e a maldita cruz, a maldita esperança de consolo
O nada registra o que eu sou
somente à quem não observa.
Quem no fundo procurar
um grande e escuro deserto, verá...
A prisão de meu bem,
o inferno do meu mal,
e o paraíso surreal que eu criei.
wbiazetto - 11.06.07