As coisas que me destes...

Tantas coisas que me destes

Por que agora me tiras?

Foi tão bom, todos os tempos

Não acredito que se multaram em mentiras

Foram sorrisos, abraços, poderes

Tantos belos dizeres...

Não acredito que isso também tinha um fim

Não, isso não podia ser assim,

Eu sonhava na plenitude dos prazeres

Hoje, nós aqui sentados, cada um de um lado

Olhando o vazio entre nós

E ouvindo do silencio, aquela voz,

De que entre nós está tudo acabado

Tudo sujeito a mudar, começo que deve acabar

O mesmo acontece ao amar

Ou a qualquer coisa, que não depende só de nós

A existência, como sempre, demônio atroz

Que nos derruba quando queremos levantar...