ANGÚSTIA ATROZ

Hoje me sinto como um errante áscio

Como um triste e torturado poema

Vejo o devaneio dessas frases vazias

Com meu olhar apócrifo e exânime

Meu sonho transmuta-se em pesadelo

Transformado em minudente angústia

Auscultado por minhas indagações

Quando sinto o revérbero da distância

Bem como o abismo a repristinar-se

No palor de minha triste face

Em meus ignaros e inocentes erros

Mas sei não ser trânsfuga o destino

Quando dúctil é o elo em mim forjado

Pelo transunto laço desse caminho

No tempestuoso adorno das dúvidas

Temo a perfídia do que não controlo

Pois inerme no leito da incerteza

Minha alma aprisionada no espelho

Refletindo invisível e real imagem

Junto ao lacônico e impiedoso tempo

Que margeia toda orla de minha vida

Mas não me desvirtua de meu objetivo

Pela ignescência dessa uma essência

Vejo-me Exsurgir em teu vasto espaço

Na estocástica de tuas dimensões

No lúbrico terreno angurriado

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 26/01/2012
Código do texto: T3462366
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