Onde nasce a Sombra

Onde nasce a Sombra

Hoje eu mato um só com o olhar.

Hoje sou chuva de ácido Cianeto.

Tempestade de fúria e de Caos.

Agora Vociferei os meus espinhos

E do meu ventre vomitei a minha estafa.

E engrenagem deu defeito.

E a bateria acabou.

Hoje, e somente hoje

E sobretudo hoje! Não haverão palavras bonitas.

Não! Hoje e semente hoje

E sobretudo hoje! Não haverá paz.

Hoje eu mato você mais de um sol.

Hoje eu sou corvo, abutre e o seu fim.

Terremoto de indignação e de frustração.

Agora Urrei! O rei mandou cortarem as cabeças.

Rolaram, aos montes e sem mote.

Sem mote para escrever. Escrevo

Ou do meu ventre saiu um palhaço?

Nasceu assim, o meu eu amargo!

Hoje, e somente hoje

E sobretudo hoje! Não haverão palavras bonitas.

Não! Hoje e semente hoje

E sobretudo hoje! Não haverá flor.

Porque de gris se cobriu o céu.

E lânguido cobri meu eu.

Inglório foi o meu fim.

E é no fim, onde nasce a sombra!

Dhiego Araújo
Enviado por Dhiego Araújo em 26/01/2012
Código do texto: T3461921
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