Onde nasce a Sombra
Onde nasce a Sombra
Hoje eu mato um só com o olhar.
Hoje sou chuva de ácido Cianeto.
Tempestade de fúria e de Caos.
Agora Vociferei os meus espinhos
E do meu ventre vomitei a minha estafa.
E engrenagem deu defeito.
E a bateria acabou.
Hoje, e somente hoje
E sobretudo hoje! Não haverão palavras bonitas.
Não! Hoje e semente hoje
E sobretudo hoje! Não haverá paz.
Hoje eu mato você mais de um sol.
Hoje eu sou corvo, abutre e o seu fim.
Terremoto de indignação e de frustração.
Agora Urrei! O rei mandou cortarem as cabeças.
Rolaram, aos montes e sem mote.
Sem mote para escrever. Escrevo
Ou do meu ventre saiu um palhaço?
Nasceu assim, o meu eu amargo!
Hoje, e somente hoje
E sobretudo hoje! Não haverão palavras bonitas.
Não! Hoje e semente hoje
E sobretudo hoje! Não haverá flor.
Porque de gris se cobriu o céu.
E lânguido cobri meu eu.
Inglório foi o meu fim.
E é no fim, onde nasce a sombra!