Dor de Mãe

Como dói, ver você assim
Pedaço de mim
Embalei em meus braços
Descansei seu cansaço
Meu corpo te alimentou
Meu calor te agasalhou
Acordei varias noites
Abriguei do frio que sentia
Enquanto dormia

Como dói, ver você assim
Desfigurado, jogado ao léu
Um gosto amargo de fel
Que tenho que provar
Toda vez que preciso te buscar.

Como dói, ver você assim
Sem enxergar a realidade
Vivendo uma prisão
Com a chave nas mãos
Mergulhado na ilusão

Como dói, viver assim
Sem noites dormir
Com os olhos no telefone 
Sempre o mal pressentir
Com medo de seu nome ouvir 
Viver a custa de calmantes
Numa dor angustiante, constante
Na esperança de um momento
Cansar-se do sofrimento
Ajuda então pedir
E deste suplicio sair.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 13/01/2007
Reeditado em 13/01/2007
Código do texto: T346087