Solidão
De cada sofrer a inspiração do meu prazer fútil,
Que contemplará as paisagens lineares da minha existência
Da solidão, as confissões em cada página da minha vida.
Descrita com o coração pulsando nas linhas horizontais
Trançando em cada palavra um sentido verdadeiro
Que só os sentimentos permitem transparecer
Eu não vivo a lamúria da minha triste vida,
Mas a certeza que dela farei o meu canteiro de felicidade
Tão amarga que adoça a existência da solidão
Do tédio a certeza de espairecer o mais belo sentimento.
Aversão da vida que tenho e de tudo que me cerca
Como montanhas, sem leme, sem direção,
Levada pelas correntes e sopradas pelos ventos
Na direção infinita que tarda tanto chegar.
Mas eu vivo o intenso mal que inculca ser
o meu martírio descrito nessas linhas amigas
e companheiras que sorrir e chora comigo,
que sente e se alegra quando finalmente eu lhe descrevo
as silhuetas da minha tristeza,
E no final de tudo isso,
olho no fundo, pulsa um coração de cada página
que nada tinha, mas agora tem no sue íntimo ser
Uma singela Poesia.