minha morte

Leia essas palavras até o fim

E não se assuste...

Com que vai vir, a saber,

Nas palavras seguintes

Não se assuste e nem se compadeça

Quando receberes a noticia

Da parada completa de meu coração

Quando isso cair sobre você

Mantenha-se firme

Quando isso se fizer efetivo em seus ouvidos

Não quero que chores a minha falta

E nem se desesperes...

Diante da minha morte precoce

Pois nada do que venha fazer

Poderá me trazer de volta

A escrita dessas palavras se faz necessária

Para apenas tomares consciência

Que a causa de eu ter me esvaído

E sucumbido à ordem natural

Foi à ausência do meu alimento diário

Entrei em inanição completa

Sendo assim fui fraquejando

Entregando-me ao meu leito eterno

Não quero que sinta pena de mim

Ou da situação que cheguei

Não alimente sua tristeza ela é egoísta

Não leve ela com você ao meu sepultamento

Pois ela não passará...

De vasos vazios sem flores

Tal como as pétalas de uma rosa

Que murcham sem perdão com o tempo

Logo essa tristeza que carrega no peito

Não mais existira em ti

Por isso não chore a minha perda

Mas caso lagrimas estejam dominando você

Neste momento...

Deixe que elas escorram sobre tua face

E cheguem a tua boca

Experimente seu gosto salgado

E saiba que...

Foram essas mesmas lagrimas

Que saciaram minha sede de você

Mas me levaram a morte.

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 18/01/2012
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