A MÃEZINHA DO MACACO
De meus tempos no campo, era ainda criança,
trago como castigo, uma lamentosa lembrança,
que não merece ser contada em poesia...
Caçando para comer,vi a ave na pitangueira,
fiz a mira, com minha assassina cartucheira,
mas no chão, entre galhos, outro bicho caía...
Caiu gritando, admirado, meus olhos via,
uma macaca, segurando o filhote, sangue saía,
catando folhas, seu ferimento tentava tampar...
Triste cena, que deixou me ali ajoelhado,
vendo seu filhote, no corpo inerte abraçado,
pela última vez, nos pequeninos seios mamar...
Paguei caro,a natureza não deixou me esquecer,
fato, que durante a vida, fez me muito sofrer,
infeliz mãe macaquinha, esse fim não merecia...
Estancar seu sangue com folhas, ali gritando,
e seu inocente filhotinho, te abraçando,
senti, com ela, parte de mim também morria...
Depois de tantos anos, e o tempo passou...
Visitar aquele florido túmulo, ainda vou,
também ficou lá, minha arma, lá enterrado...
O lote grande, á tempos, uma reserva natural,
fechada, para seus descendentes, é um bananal,
só para amenizar, esse erro do meu passado....
Cena que na vida,ninguém queria ver não,
pegar o animal morto, encosta la no coração,
foi o que arrependido naquele momento fiz...
Ao lado, seu filhotinho em desespero pulando,
gritos que iam aos poucos tambem me matando...
senti no fundo da alma, o que é ser infeliz...
Quando lá vou,que entro no mato isolado,
sinto que todo macaco já foge apavorado,
com razão, tremenda imagem ruim lá deixei...
Grito, peço perdão, tento com eles falar,
mas são animais,e assim não sabem perdoar,
sabem, que um dia, a mãe de um deles matei...
Para um tanto deles, naquele bananal da solidão,
gritei em desespero-Perdoem, quero perdão,
nunca queria que aquilo acontecesse...
Ajoelhado, perante alguns, em silêncio chorei,
agora no bananal, juro, nunca mais voltarei,
seria melhor, que com a macaquinha morresse...
De meus tempos no campo, era ainda criança,
trago como castigo, uma lamentosa lembrança,
que não merece ser contada em poesia...
Caçando para comer,vi a ave na pitangueira,
fiz a mira, com minha assassina cartucheira,
mas no chão, entre galhos, outro bicho caía...
Caiu gritando, admirado, meus olhos via,
uma macaca, segurando o filhote, sangue saía,
catando folhas, seu ferimento tentava tampar...
Triste cena, que deixou me ali ajoelhado,
vendo seu filhote, no corpo inerte abraçado,
pela última vez, nos pequeninos seios mamar...
Paguei caro,a natureza não deixou me esquecer,
fato, que durante a vida, fez me muito sofrer,
infeliz mãe macaquinha, esse fim não merecia...
Estancar seu sangue com folhas, ali gritando,
e seu inocente filhotinho, te abraçando,
senti, com ela, parte de mim também morria...
Depois de tantos anos, e o tempo passou...
Visitar aquele florido túmulo, ainda vou,
também ficou lá, minha arma, lá enterrado...
O lote grande, á tempos, uma reserva natural,
fechada, para seus descendentes, é um bananal,
só para amenizar, esse erro do meu passado....
Cena que na vida,ninguém queria ver não,
pegar o animal morto, encosta la no coração,
foi o que arrependido naquele momento fiz...
Ao lado, seu filhotinho em desespero pulando,
gritos que iam aos poucos tambem me matando...
senti no fundo da alma, o que é ser infeliz...
Quando lá vou,que entro no mato isolado,
sinto que todo macaco já foge apavorado,
com razão, tremenda imagem ruim lá deixei...
Grito, peço perdão, tento com eles falar,
mas são animais,e assim não sabem perdoar,
sabem, que um dia, a mãe de um deles matei...
Para um tanto deles, naquele bananal da solidão,
gritei em desespero-Perdoem, quero perdão,
nunca queria que aquilo acontecesse...
Ajoelhado, perante alguns, em silêncio chorei,
agora no bananal, juro, nunca mais voltarei,
seria melhor, que com a macaquinha morresse...