Chove lá e cá

Chove lá e cá

Molhando quem está ao relento

O morro, o barro lambendo

Sinto a tempestade

Aqui dentro

No peito

Percebo que não tem jeito

A tormenta aumenta

As lágrimas molham

Como a chuva que os rios entornam

Sobem inundam

Ao suor misturam

Na corrida para salvar

Apenas o coração

Pois a alma, esta sem ilusão

Morre, a cada barulho

A cada trovão

As coisas, a vida

Antes sem perspectiva

Agora apenas entulho

Antonio Fernando Ribeiro
Enviado por Antonio Fernando Ribeiro em 13/01/2012
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