IMORTAL

Não falarei de um amor que não tenho,

e que ao ter não celebrei.

Não relembrarei o riso que não rira

pois em toda a vida,eu mais chorei!.

Minha estrutura é composta pelo nada.

Jamais ousei desfiar a vida:

E se ousei,frustrou a iniciativa

Quando essa sempre me foi mensurada!

Esmagado cada vã tentativa,

Tive então que aprender sozinha

O porque do orvalho,das brisas,

a beijar a relva à cada manhã que a visita.

Não se sabe? Algo de mim no acaso se transmite,

mas tão distante,por ocasião persiste ,

que, se falasse por mim gritaria,

Foi censurada cada tentativa que tive!

estranho,na solidão de minha existência...

Fui maleável embora sempre triste,

Fiz de mim,bicho acuado...

Se fui nobre,se amei,eu nunca soube!

Perdi-me nas inúmeras incertezas,

Talvez nem fosse amor quando amei,

Nem era dor aquilo que doía:

ou sonho,tudo o que sonhei?

Que dor se sabe dor, e não há consolo;

Pra toda amargura que guardei

do meu silêncio,nutrido em covardia,

A um sentimento amargo, me entreguei!

cavando a minha própria morte, desnecessária

para sepultar um coração em frangalhos,

Que nunca ousou ser mais que um palhaço?

E que contentou-se em ser apenas ninguém!

Quem sabe numa outra reencarnação,

Eu viva qual nunca vivi...

E me permita ser louca,errar,arrepender,sorrir

Na busca pela felicidade de ser apenas Feliz!

Quem sabe escrevam em minha lapide,

""Imortal é aquele que passou por essa vida,

Bebeu do melhor vinho,amou ,despiu-se,brigou...

E não se importou com a opinião alheia!""

AUTORA:Daiane Laureano Martins Lopes

Daya Martins

DAYA MARTINS
Enviado por DAYA MARTINS em 11/01/2012
Código do texto: T3435261