Menina!

Menina, você não é feliz, você é alegre!

Já te falei mil vezes, o que pensas não procede

Por momentos ninguêm é feliz

Feliz é Literatura, é Teologia, é utopia!

Em que face do dia-dia você vê o feliz?

Nos sorrisos dissimulados?

Nos orgulhosos boquiabertos?

Naqueles que não “adimitem” ser vistos, senão certos

Menina, te digo onde podes ver o feliz

Vais ver o feliz num pensamento só teu,

Numa sensação tua que é unica, simples e eterna

Feliz é aquele que no peito quer ter o tudo, que quer ser o todo

Mas fica triste por isso não poder acontecer,

E é triste que, felizmente aprende-se da vida de todos os sabores

E viver não só saboreando a vida no que lhe oferecem a provar

Mas em um odisséia louca perseguir sem exitar

O bel prazer inexplicável, aquele inocular

Do ruim aprender que melhor há de ficar,

Do melhor já saber que sempre se pode, e irá, piorar

Mas menina, faça como eu,

Aprenda a chorar, chore com sorriso na cara

Com os olhos secos e brancos, chorar não é demonstrar!

E sim apreciar a calma dor, e saciar os golpes e as agulhadas no peito

Com a suavedez de quem sabe estar sendo acariciado

Pelas expressões do existir...