A tristeza mais alegre das tristezas...
Só o vento suspira e sussura a verdade que escondo
Como pode o silêncio me dizer tanto?
Quero matar isso que me mata!
Destruir a tudo que me consome!
Essas memórias atordoadas de lembranças tristes...
Onde e quando fui feliz?
Pois ainda sei que por minutos eu fui...
Mas essas realidades felizes parecem ser mais leves e flutuarem,
Enquanto que as realidades tristes pesam brutalmente
E com a gravidade de seus fatos ficam cravadas no fundo da minh’alma
Fazendo a lei da natureza, mais uma vez, se consolidar
Sei que nunca sairão de mim, malditos fantasmas
Meu passado é uma dor que constori o meu futuro
A escuridão, palco da reunião desses renegados da vida
Inimigos de si, nas trevas da realidade falsificada por luzes
Venha escuridão e recobre o que é seu!
O mundo, a alma dos homens, o sempre!
E enquanto ando na escuridão
Vejo que sempre estive sozinho
E que os meus proximos só tentam saber de mim
Quando não sentem prazer de viver
Sou a tristeza mais alegre das tristezas
Um bom disfarce para a vida que tenho que esperar chegar seu fim