PODRE PASSADO


 
Inspirado no espetacular
QUAL BÊBADO
de Nana Okida

 

 
 
E nem adeus me deste
esbanjando a tua grosseria.
Deixaste-me a tua ira
pobre de fantasia...
Os lábios que já se abriram
para ávidos beijos.
Corpos suados
em loucos desejos
hoje, podres,  infectos
fecharam-se como cofre sem chave.
Não, não lamento!
Apenas me entristeço
e lanço o meu olhar de desprezo
ao que antes fomos
e que hoje, morremos.
Ai! Que de tristeza...

Padeço!