Acorda, anjo meu.
A tortura me aplaca a alma.
E na angústia nada me acalma.
O silêncio de minha voz, cala uma alma louca que grita tão alto que mal se pode ouvir.
Minha carne inflamada ferve de dor e rancor.
E o pavor que me ataca a alma, corrói também a minha carne.
Pois, que mergulhado estou no abismo das trevas frias e vazias.
Então, onde tu estás?
Onde estás, anjo meu?
Onde estás que não acorda?
Por Deus, acorda para minha dor.
Acorda para meu rancor e acima de tudo, acorda para meu pavor.
Não, não me deixa morrer sem nunca ter conhecido o amor.
Não, não me deixe padecer de desamor.
Pois, que perdi a confiança nos seres humanos.
Eu caminho no vazio de minha solidão.
E passeio sozinho pela rua chamada escuridão.
Então, acorda, anjo meu.
Acorda para minha dor e para o meu sofrimento.
E não, não me deixe padecer nesse tormento e por favor, a minha alma dê um pouco de alento, porque eu definitivamente não aguento mais tanto sofrimento.
Não, eu não aguento mais todo esse sofrimento e todo esse tormento.
Então, acorda, anjo meu.
E acima de tudo me livra desse sofrimento e desse terrível tormento.
E por Deus, a minha alma sempre dê um pouco de alento.