O céu de minhas lágrimas.
Cinzento, meio sem cor, mas cheio de dor.
Cinzento, meio sem cor, mas repleto de rancor.
Cinzento, meio sem vida, mas cheio de tristeza.
Assim é o céu: o céu de minhas lágrimas.
Pode estar fazendo sol.
Pode o mundo lá fora está brilhante.
Mas, meu mundo continua cinzento: mergulhado no vermelho de minhas lágrimas sangrentas.
Não existe limite para a dor.
Pois, que a dor supera até a capacidade de meu corpo fraco.
Minha dor eterna jaz em minha alma moribunda.
Eu cambalente como zumbi.
Caminhando sem jamais estar em algum lugar.
Eu no furacão do mundo cão.
Caminhando como se nada mais houvesse.
Porque de tanto sofrer nada mais se sente.
E o peito dormente, já não consegue da realidade tomar pé.
A alma vagueia feito uma máquina sem ver e sentir nada.
Me disseram que existe algo chamado amor.
Disso não sei, porque apenas conheci o desamor.
Porque minha alma em minhas próprias lágrimas se afogou.
Porque minha alma em minhas próprias lágrimas se afogou.
E o céu de minha alma ficou cinzento.
Sim, porque o céu de minha alma se acinzentou e ficou da cor do céu, do céu de minhas lágrimas.