E a vida não espera
A vida não espera,
é amor quimera,
o que me tem por abrigo.
E sigo cantado,
sorrindo chorando,
sonhando contigo.
A vida não espera,
ais de quem me dera,
ocupam meu peito.
De tudo que tento,
de tudo que invento,
tem sempre defeito.
A vida não espera.
e a Primavera
teima em não chegar.
O meu regadio,
num campo sombrio,
é água do mar.
A vida não espera
e a nova era
como está tardia.
Este amor poema,
este amor dilema,
é minha poesia.
A vida não espera,
mas ai quem me dera
esperasse por mim.
Como as vezes que eu,
olhando o meu céu
... Espero por ti...
E a vida não espera...