E a vida não espera

A vida não espera,

é amor quimera,

o que me tem por abrigo.

E sigo cantado,

sorrindo chorando,

sonhando contigo.

A vida não espera,

ais de quem me dera,

ocupam meu peito.

De tudo que tento,

de tudo que invento,

tem sempre defeito.

A vida não espera.

e a Primavera

teima em não chegar.

O meu regadio,

num campo sombrio,

é água do mar.

A vida não espera

e a nova era

como está tardia.

Este amor poema,

este amor dilema,

é minha poesia.

A vida não espera,

mas ai quem me dera

esperasse por mim.

Como as vezes que eu,

olhando o meu céu

... Espero por ti...

E a vida não espera...

Herlânder Lobão
Enviado por Herlânder Lobão em 28/12/2011
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