É a dor que grita
Ouço um gemido, logo após um grito.
Serão os olhos a terem medo?
Sento, me acalmo e descubro que os olhos não são.
Olho em volta. Tudo calmo novamente.
Sinto uma fisgada no estômago. Lombriga não era.
Fechei os olhos e gritei... Não era fome.
Respirei fundo, não senti mais nada.
Levantei e caí. Minhas pernas falharam e por sorte não quebraram.
Em prantos sentem, entrei em prece e me acalmei.
Novamente fechei os olhos e não consegui aguentar a dor.
Dessa vez na cabeça... Chorei. Não aguentei.
Tive acesso ao mau que causei e lembrei do que já tinha sofrido.
Descobri que a minha dor era eu mesmo.
Fiquei sem saber o que fazer.
Me levantei, fui à cozinha, me mediquei.
Me dirigi ao quarto urrando de dor, deitei na cama e dormi.
Procuram até hoje o tal de Fernando na minha cidade.