SUICIDA EU?

Ana Maria Brasiliense
( TullipaVermelha )

Maria Nogueira Martinelli
(Sapeka)

TÂNIA AILENE
( in memorian )

dario giuseppe di girolamo
AQUILONE

 

Tanto deixei de fazer, não por  querer...

Falei SIM quando queria falar NÃO

 

Tanto eu quis que fizesse, não por mim...

mas por te saber querendo.

 

Assim fui tentando viver te querendo

mas nem olhaste para ver meu sofrimento

 

Como tentar algo então  fazer sem

dos meus braços, não arredar os pés,  

falavas sim tudo que de você eu

quisesse em murmúrios ouvir

 

Fui... querendo ficar

Fiquei...querendo ir...

Calei...querendo falar...

Falei quando queria calar !

Ri...querendo chorar...

Me privei de tantas coisas!

 

Das vezes que foi ou que ficou,

que calou e  quando gritou,

quando riu  e até quando chorou,

também o meu coração privou,

por te saber infeliz!

 

Gritei... Chorei...Sofri..

quando ao meu lado não ouvia e nem percebia

o quanto te queria, ignorou meus apelos.

Tentei mostrar que teu sofrimentoera o meu

contida fui ficando cada vez mais solitária.

 

Ficavas a querer

porque tudo de mim

te agradava, devoravas

sem nunca pensar de ir-te

 

Bocas coladas como querer dizer

de tudo á redor querer-te rir

...do mal maior se prevenir!

 

E o pior

ME PRIVEI DE MIM !

 

E o pior

ME PRIVOU DE TI!

 

E o pior

ME PRIVOU O NÓS!

 

Não, não diga isso

o melhor

do seu amor a mim doaste

em troca de

inesquecíveis momentos

...juntos vividos

 

Ja não tenho vontade de ver o sol brilhar.

O dia amanhecer nem a noite chegar.

Se chove , faz frio,

nada  me da vontade de olhar.

Se pássaros cantam

ja não consigo escutar.

Ja não sinto a brisa meu rosto beijar.

Flores no jardim ja não encantam.

 

Ainda quero te mostrar as belezas do meu mundo

Não perdi a esperança de te fazer enxergar

Que vida empresta os olhos que alcançam o profundo

Pra quem sabe e quem quer na vida deixar-se encantar!

 

Quero muito te fazer ver e entender

a natureza existe, o amor brilha

em cada sorriso de uma criança Sapeka

A esperança de uma vida se faz no sentido

do ar, o ver o aroma das flores sejam Tullipas

 ou simplesmente na rosa vermelha que trago

com tanto amor para você. 

 

Não te desespere parti só por momentos

logo mais a chuva voltará a embaçar

a vidraça da janela, do frio da madrugada

este corpo á recordar o teu te aquecerá

 

...A brisa no jardim sobre nos a cair

ao esperarmos novos dias recomeçar

ao melódico cantar de coloridas aves

olhando as flores no canteiro

viçosas felizes a sorrir

pelo nosso enfim

 reencontro de amor 

 

Nem mesmo consigo chorar !

Suicida eu ?

Como posso?

Se de mim ja morri ...

 

Não chore, me dê a mão!

Vou te ensinar a sonhar,

e a olhar o mundo com outra visão

 

No não aceitar tudo que trago e tenho

para te oferecer  morri ao poucos ,ao seu lado

me suicidei com seu consentimento.

Se achar que ainda resta algo para salvar

me estenda tua mão

venha com coração, me faça enxergar a vida

com os olhos da ilusão...


 

Choras porque se aqui distante de ti

 choro eu por mim e por você, e,

pela falta que tanto me fazes

 

Essa tua momentânea morte dentro

logo em meus braços ressuscitarei

com o calor dos meus molhados beijos!

 

Stos 04/08/006

Hr 23:14



 

Ana Maria Brasiliense, Maria Nogueira Martinelli, Tânia Ailene e dario giuseppe di girolamo
Enviado por Ana Maria Brasiliense em 21/12/2011
Reeditado em 04/07/2021
Código do texto: T3400314
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