Nas mãos da morte
Eu vejo a morte em minha porta...
Sua foice em minha garganta...
Um relógio de areia em suas mãos...
Enquanto ela brinca...
Tortura-me...
Por dentro e por fora...
Sem que nada eu possa fazer...
E assim seguiu os dias em que dores se acumulavam sobre dores...
Assim como o sangue se acumulava no chão.
Que diferente das lágrimas que eu já não possuía.
O sangue continuava a pingar...
Gota após gota... Assim como a areia no relógio...
Que me lembrava a cada instante que o fim ia chegando.
Cada vez mais rápido.
Cada vez mais doloroso...
Ódio afligia minha pela me.
Impulsionando-me a buscar meios de me libertar.
E quanto mais eu tentava, mais doía... Enquanto ela ia me enlouquecendo...
A solidão apertava o coração, enquanto a angustia subia pela garganta...
E o vazio, se expandindo pelo corpo, como uma mancha negra.
Que aos poucos tomara conta deste ser, até só restar a escuridão.
O frio gélido na alma de quem conhece...
O verdadeiro inferno.