Nas mãos da morte

Eu vejo a morte em minha porta...

Sua foice em minha garganta...

Um relógio de areia em suas mãos...

Enquanto ela brinca...

Tortura-me...

Por dentro e por fora...

Sem que nada eu possa fazer...

E assim seguiu os dias em que dores se acumulavam sobre dores...

Assim como o sangue se acumulava no chão.

Que diferente das lágrimas que eu já não possuía.

O sangue continuava a pingar...

Gota após gota... Assim como a areia no relógio...

Que me lembrava a cada instante que o fim ia chegando.

Cada vez mais rápido.

Cada vez mais doloroso...

Ódio afligia minha pela me.

Impulsionando-me a buscar meios de me libertar.

E quanto mais eu tentava, mais doía... Enquanto ela ia me enlouquecendo...

A solidão apertava o coração, enquanto a angustia subia pela garganta...

E o vazio, se expandindo pelo corpo, como uma mancha negra.

Que aos poucos tomara conta deste ser, até só restar a escuridão.

O frio gélido na alma de quem conhece...

O verdadeiro inferno.

Ailes Noires
Enviado por Ailes Noires em 21/12/2011
Código do texto: T3400095
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