Essências desnudam-se

O vento chora

Açoitando a árvore

Retorce, morde-lhes as hastes

Antes ristes

Os irônicos infelizes

Rancorosos medrosos

Riem, gargalham

Do gargalho da ocorrência medonha

A alma em pranto soluça mais forte

Mas frágil é seu suplicar

Diante das forças opostas

Compostas de horríveis vinganças

A alma queria ser compreendida

Com a dor se reconciliar

Ter amor, carinho, ternura

Até se recuperar

O vento retorce ainda mais

Escorre a alma em pranto

Torvelinhos expondo raízes profundas

Afundam , inundam

Essências desnudam-se...