Egoísta

Deleitou-se de minha sabedoria

quando seu mundo era ignorante;

aproveitou-se do meu patrimônio

enquanto passava necessidade;

usou-me para realizar o seu sonho,

esquecendo-se de suas promessas;

sentiu o aconchego do meu abraço,

a rigidez do meu braço,

o lenitivo do meu regaço,

a volúpia do meu beijo abrasador,

a carícia de ternura repleta

e sorriu do meu bom humor,

para, depois, me desdenhar

por um só defeito.

Mênfis Silva

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 17/12/2011
Código do texto: T3393692
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