DORME POETA
DORME POETA, SE NÃO O BICHO VEM
NÃO INVENTE SONHOS, QUE HOJE AMOR TEM.
A DOR É NORMAL, NÃO TEM NADA IGUAL.
CALA-TE POETA E SOFRE TAMBÉM!
Poeta querido cala-te como eu.
Segue meu modelo triste.
Mas não chora nem reclama.
Nem confessa esse amor,
Que tão bem conheces.
Para de expor os meus sentimentos;
Mesmo que sofras, fica quieto.
Não adianta ficar mexendo,
E remexendo nessa paixão;
Aqui... Gemendo dentro de mim.
Somente exalte o coração.
Outro poeta, tão brincalhão,
Que só reclama da solidão.
Viestes junto ao sonho mais lindo,
Para mudar todo o meu destino,
Fazendo tudo tão divertido.
Você que até brinca de Cupido,
E atrevido faz meu sorriso!
Abraça agora, caro poeta,
O amor que vive dentro de mim.
Sinta comigo toda essa dor,
Mas, não me fale em mal de amor.
Você que inventa mil travessuras,
E até me faz cometer loucuras,
Acreditando que o amor é meu.
Depois espia só quem sofreu,
Sentindo o peito gemer calado.
Como se fosse um grande pecado,
Essa distância, onde o amor morreu;
Sem nem lembrar de dizer adeus.
Af... Poeta! Fique calado.
Cler Ruwer