DORME POETA

DORME POETA, SE NÃO O BICHO VEM

NÃO INVENTE SONHOS, QUE HOJE AMOR TEM.

A DOR É NORMAL, NÃO TEM NADA IGUAL.

CALA-TE POETA E SOFRE TAMBÉM!

Poeta querido cala-te como eu.

Segue meu modelo triste.

Mas não chora nem reclama.

Nem confessa esse amor,

Que tão bem conheces.

Para de expor os meus sentimentos;

Mesmo que sofras, fica quieto.

Não adianta ficar mexendo,

E remexendo nessa paixão;

Aqui... Gemendo dentro de mim.

Somente exalte o coração.

Outro poeta, tão brincalhão,

Que só reclama da solidão.

Viestes junto ao sonho mais lindo,

Para mudar todo o meu destino,

Fazendo tudo tão divertido.

Você que até brinca de Cupido,

E atrevido faz meu sorriso!

Abraça agora, caro poeta,

O amor que vive dentro de mim.

Sinta comigo toda essa dor,

Mas, não me fale em mal de amor.

Você que inventa mil travessuras,

E até me faz cometer loucuras,

Acreditando que o amor é meu.

Depois espia só quem sofreu,

Sentindo o peito gemer calado.

Como se fosse um grande pecado,

Essa distância, onde o amor morreu;

Sem nem lembrar de dizer adeus.

Af... Poeta! Fique calado.

Cler Ruwer

Cler Ruwer
Enviado por Cler Ruwer em 15/12/2011
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