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Lágrimas que caem e com elas a tristeza,
De novo: frustração.
Hora que tarda, hora que tarda...
Chegarás um dia? Chegara vez alguma?
“Não sei”. Ocupado de outras funções,
Não reparou, ignorou, menosprezou.
Agora anda em meio à chuva,
esta que banha o seu corpo
Prestes a pegar pneumonia.
Que pegue.
Morte é quem o busca,
“talvez ajude-a a me encontrar”
Traça de novo o mesmo caminho.
Ruas tão conhecidas quanto a cor de seus cabelos,
Paisagem ainda bela como...
“passei por aqui ontem”.
Lá está... lá está tudo.
“Viro-me e ando,
banhando na chuva que teima em cair,
tossindo, querendo expelir os pulmões,
escuto a música, aquela música...
sei que devo fugir”.
Com a vida aprendi
Que a morte vai me seguir.
Tati Dalat 15/11/11