Carne...
Cuido da agulha que me cose a carne
com afeto de possuída.
Sua impiedade e crueza me permite a realidade,
retalhos díspares de vida.
A dor em cada ponto e ao correr da linha
sentimentos de um extremo a outro.
Não temo o auge da dor ou a agudez da ferida
mas a pele intacta, o irreal solto.
E o aço reluzente que me transpassa púrpura,
causa impressiva vazão da tristeza.