Carne...

Cuido da agulha que me cose a carne

com afeto de possuída.

Sua impiedade e crueza me permite a realidade,

retalhos díspares de vida.

A dor em cada ponto e ao correr da linha

sentimentos de um extremo a outro.

Não temo o auge da dor ou a agudez da ferida

mas a pele intacta, o irreal solto.

E o aço reluzente que me transpassa púrpura,

causa impressiva vazão da tristeza.

Alessandra L
Enviado por Alessandra L em 05/12/2011
Reeditado em 07/01/2012
Código do texto: T3373978
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