FLOR DA SAUDADE
Me sinto um eterno prisioneiro
Dentro deste úmido quarto,
Apesar da suave brisa que entra Pela janela,
Apesar da janela aberta para as possibilidades,
Sei; o medo que me cobre é passageiro,
Sei; não estou enlouquecendo ainda,
Apenas, seduzido, envolvido pelo tacto,
Alma reticente, inquieta, repleta,
De escuros, de desenhos abstratos,
Apenas, sustento a dor, tento unir paralelas,
Constituo elementos da contraditória humanidade,
Sei das interrogações que me habitam,
Dos meus olhos que se movimentam,
Errantes, distantes, da luminosidade,
Sei do silêncio que destoa o meu ser,
Mas, não sei o que fazer com este nada,
Com este fio de lágrima, este vazio incolor,
Não sei o que fazer com a flor da saudade,
Com esta expectativa embaçada, rasgada,
Do metálico, fálico desejo – amor...?
- - - - - - - - -
TALVEZ
Ah, silêncio enorme,
disforme,
que me atordoa
e distoa,
desestrutura
-amargura
que eu tento recompor.
Dentro d'alma
em mansa calma
brilha o céu interior,
na lágrima que cai indefesa,
pois que há muito estava presa
em sentimentos diversos
sem significado, sem nexo,
misturada com a dor.
Limpa, agora,
é como a aurora,
não sei bem... talvez amor.
(HLuna)
Me sinto um eterno prisioneiro
Dentro deste úmido quarto,
Apesar da suave brisa que entra Pela janela,
Apesar da janela aberta para as possibilidades,
Sei; o medo que me cobre é passageiro,
Sei; não estou enlouquecendo ainda,
Apenas, seduzido, envolvido pelo tacto,
Alma reticente, inquieta, repleta,
De escuros, de desenhos abstratos,
Apenas, sustento a dor, tento unir paralelas,
Constituo elementos da contraditória humanidade,
Sei das interrogações que me habitam,
Dos meus olhos que se movimentam,
Errantes, distantes, da luminosidade,
Sei do silêncio que destoa o meu ser,
Mas, não sei o que fazer com este nada,
Com este fio de lágrima, este vazio incolor,
Não sei o que fazer com a flor da saudade,
Com esta expectativa embaçada, rasgada,
Do metálico, fálico desejo – amor...?
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TALVEZ
Ah, silêncio enorme,
disforme,
que me atordoa
e distoa,
desestrutura
-amargura
que eu tento recompor.
Dentro d'alma
em mansa calma
brilha o céu interior,
na lágrima que cai indefesa,
pois que há muito estava presa
em sentimentos diversos
sem significado, sem nexo,
misturada com a dor.
Limpa, agora,
é como a aurora,
não sei bem... talvez amor.
(HLuna)