O QUE RESTOU

O QUE RESTOU

(Genaura Tormin)

A tristeza recolheu-se mórbida, arredia.

Enclausurou-se em compartimentos secretos,

Recuos escuros, fragmentados em ecos.

Tudo ficou vazio, amorfo, sem cor...

Acrescido de um enorme gosto de dor.

Na garganta emudeceu o canto.

Foi-se a melodia e toda aquela alegria!

Em cacos desfez-se o sentimento.

Uma tela desfigurada, em garatujas bordada,

Foi o que restou.

Gyn, 01.12.2011

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 01/12/2011
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