Tempo de Deus

Sonho segue.

A doce palavra

é vida diferente,

a febre infecciosa,

sem dor.

O braço fraterno,

o beijo veneno

do inferno ao céu.

O verde pálido,

a vida áspera

respirando esgoto,

vida suburbana

de quem não sente

o desenfreado desequilíbrio

com o ecossistema.

Agora, nós, ( eu e você )

e aqueles que não sabemos.

E os que virão?

Vão ter que conviver

na insegurança

do corpo de delito,

na sombra, no terror,

no tempo de Deus.

O homem descobriu a pólvora.

A morte se modernizou.